Passagem pode custar R$ 2,15

Passagem pode custar R$ 2,15

 
 
 
Os usuários de transporte coletivo de Belém podem começar a se preocupar. O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém entregou, nesta quarta-feira (26), planilha técnica a CTBel (Companhia de Transportes de Belém) na qual propõe um valor de R$ 2,15 para as passagens de ônibus. O reajuste pedido é de cerca de 16%. De acordo com o Dieese no Pará, o impacto deste valor no salário mínimo dos trabalhadores será de quase 20%.

O assessor técnico do Setransbel, Délcio Souza, explica os fatores que influenciam no cálculo do valor da passagem de ônibus. 'O aumento dos insumos foi muito grande desde o último reajuste, ocorrido em fevereiro de 2010', diz. 'Os preços dos veículos subiram 17%, os pneus 16%, peças 17%, e os salários dos rodoviários mais 6%', enumerou.

Ainda segundo Délcio, aliada a variação de preços, a queda no número de passageiros transportados pesou no cálculo. 'Isso tem uma grande influência no preço da passagem. Desde 1994 o número de passageiros transportados caiu 34%. Contribui para essa queda a concorrência do transporte clandestino. Além disso, muita gente está comprando carro', analisa.

O cálculo tem como base o custo das empresas para transportar os 26 milhões e 400 mil passageiros por mês, incluindo estudantes que pagam meia-passagem. 'Esse valor é dividido pelo número de passageiros e pela quilometragem rodada, que hoje está em 13 milhões de quilômetros. Aí temos o valor que cada passageiro deve pagar por viagem', explica o assessor técnico.

Apesar do pedido de R$ 2,15, o Setransbel acredita que o valor deve cair um pouco após análise da CTBel e do Conselho Municipal de Transportes. 'É um pouco imprevisível, mas a tendência das autoridades é reduzir um pouco esse número. Então, acreditamos que deve ficar em 10,66% de reajuste, o IPC calculado pela Sepof (Secretaria de Planejamento, Orçamento e Finanças), o que dará um valor de R$ 2,05', afirma Délcio.
O último reajuste no valor da passagem de ônibus ocorreu em fevereiro de 2010. Na época, a passagem passou de R$ 1,70 para R$ 1,85, um reajuste de 8,88%.

Impacto - Os cálculos do Dieese no Pará, com base na proposta apresentada a CTBel, apontam um reajuste de 16,22%. 'Esse valor é duas vezes maior que a inflação do mesmo período', analisa Everson Costa, técnico do Dieese.

Para o trabalhador que não possui vale-transporte e utiliza duas conduções por dia, o gasto mensal só com transporte será de R$ 103,20. Esse valor representa um impacto de 19,11% no atual salário mímino de R$ 540.

Agora, a CTBel pode acatar a proposta ou propor um novo valor. As planilhas serão levadas ao Conselho Municipal de Transporte, que vai analisar os valores e indicar um reajuste. Em seguida, a proposta será encaminhada para a homologação do prefeito, que pode aceitar o valor ou não.

Fonte: Diário Online
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